Testemunho de Nelson L. Esteves

“Um dia ouvi o Professor Abreu Faro afirmar que a sua verdadeira vocação era a Física e que se sentia mais um físico do que um engenheiro.”


Num livro que publiquei recentemente pode ler-se o seguinte:

“[Nesse momento] lembrei-me da resposta que o Professor Abreu Faro deu aos alunos quando estes se queixaram de que alguns temas do curso eram leccionados em várias cadeiras. Ele respondeu aproximadamente o seguinte: ‘Não se preocupem com isso. Quando nos explicam um assunto por palavras diferentes, ficamos a compreendê-lo melhor.’ Aproveito esta oportunidade para homenagear o Professor Abreu Faro pelo entusiasmo que conseguia transmitir aos alunos e pela influência que teve na minha carreira profissional.” (Nelson L. Esteves, “Diário Quase Filosófico”, Edições Ecopy, 2013, p. 9)

Um dia ouvi o Professor Abreu Faro afirmar que a sua verdadeira vocação era a Física e que se sentia mais um físico do que um engenheiro. Cerca de dois anos antes do seu falecimento, numa conversa em frente do INE, disse-me que andava a pensar na dualidade onda-partícula e que tinha alguma esperança de conseguir resolver este enigma.